Variedades de Bacelos mais comercializados
Os Porta enxertos
O porta – enxerto é um elemento essencial na constituição de uma vinha, pois dele depende a sua qualidade, produção e longevidade.
O uso de porta-enxerto tornou-se indispensável desde a invasão da filoxera, que destruiu todos os vinhedos, dado que as raízes das espécies americanas são resistentes à picada do referido insecto. Desta forma a escolha do porta – enxerto a usar vai depender, de grosso modo, da sua adaptação às características do solo e da sua afinidade com a casta.
Os porta – enxertos agrupam-se em variedades muito vigorosas, vigorosas e pouco vigorosas, que são classificadas tendo em conta o seu vigor, resposta ao enraizamento, à enxertia, ao calcário, à secura, à humidade, resistência a nemátodos, à acidez e à acção sobre o ciclo vegetativo.
Da vinha ao vinho...
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VARIEDADE DE BACELOS |
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Porta enxertos dos Viveiros Plancert |
Vigor |
Resistência à humidade |
Resistência à Secura |
Aptidão para os diversos tipos de Solos |
Particularidades |
R 110 (Richter) |
Muito Vigoroso |
Pouco tolerante |
Muito alta até à Zona ácida |
Todos os solos Calcário activo até 17% |
Muito boa maturação das castas enxertadas |
R 99 (Richeter) |
Muito Vigoroso |
Pouco tolerante |
Alta |
Terrenos profundos com boa drenagem Calcário activo até 17%
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Muito boa Compatibilidade para enxertia |
Ru 140 (Ruggeri) |
Muito Vigoroso |
Sensível |
Muito Alta |
O melhor porta enxerto para charneca Calcário activo até 25% |
Média compatibilidade para enxertia no campo |
P 1103 (Paulsen) |
Muito Vigoroso |
Boa Tolerância |
Muito Alta |
Suporta solos com horizonte glay Calcário activo até 17% e sal (Na Cl) até 0,8 p.m. |
Retarda um pouco o desenvolvimento vegetativo |
196-17 (Castel) |
Vigoroso |
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Média |
Solos ricos e frescos Suporta terras ácidas Calcário activo até 6% e sal (Na Cl) até 0,4 p.m. |
Boa compatibilidade para enxertia |
SO 4 (Oppenheim) |
Vigoroso |
Boa tolerância |
Média |
Bom para solos com horizonte glay Calcário activo até 20% e sal (Na Cl) até 0,4 p.m. |
Muito boa compatibilidade para enxertia |
3309 |
Vigor médio |
Boa tolerância |
Resistência Média |
Calcário activo até 11% |
Muito boa compatibilidade para enxertia |
Castas de vinho tinto
Alfrocheiro - Alfrocheiro Preto é uma casta de uvas tintas portuguesa cultivada principalmente na região DOC Dão, estando presente também nos Vinhos Regionais do Alentejo. Esta casta é conhecida pela cor intensa que dá aos vinhos em que participa.
Alicante bouschet -Alicante Bouschet é uma casta de uva tinta da família da vitis vinifera resultante do cruzamento das uvas Grenache e Petit Bouschet. Actualmente é cultivada maioritariamente em Portugal, sendo assim, considerada uma casta portuguesa. Muito utilizada em processos de assemblage para melhorar o aporte de cor em alguns tintos.
Aragonez - Ou Tinta Roriz Uma das castas mais conhecidas da Península Ibérica. Originária do norte da Espanha, também é muito cultivada em Portugal, onde é geralmente conhecida como Aragonez, ou Tinta Roriz na região do Douro.Não é uma casta fácil, mas que costuma dar produções de qualidade em anos difíceis. Por tendencialmente ter baixa acidez é normalmente utilizada como casta de lote, para dar equilíbrio aos vinhos. Há até quem diga que mostra o seu melhor quando utilizada assim.
Baga - Baga é uma uva da família das Vitis viniferas, a partir da qual eram fabricados inicialmente os vinhos tintos da região da Bairrada.
Cabernet - Sauvignon - Originária da região de Bordeaux, no sudoeste da França, ela é a uva vinífera mais difundida no mundo. Caracteriza-se pelos taninos densos e aristocráticos, cor profunda, complexos aromas de frutos tais como ameixa, cassis.
Caladoc - É uma casta que resultou de um cruzamento entre Cot e Grenache
Começou por ser plantada no vale do Ródano,não sendo no entanto permitida para vinhos DOC,é uma casta bastante resistente ao desavinho. Tem bago médio,pouco compacto e troncocónico,tem maturação média (meados de Setembro) é bastante produtiva e origina vinhos de boa concentração.Em Portugal encontra-se sobretudo no Ribatejo e Estremadura sendo apreciada como casta de lote.
Castelão - Esta casta revela o seu melhor em climas quentes e terrenos arenosos, mas pode adaptar-se a uma diversidade de condições. Os vinhos da casta Castelão são concentrados, aromáticos, com taninos bem marcados que lhes dão boas condições para envelhecer, mais agressivos na juventude, mas que se tornam macios com a idade.
Jaen - A casta Jaen é cultivada em terras lusas desde a segunda metade do século XIX. É uma casta muito comum no Dão e pensa-se que terá sido trazida para a região através dos peregrinos que rumavam a Santiago de Compostela. A Jaen além de produzir generosamente é também uma casta de maturação precoce. É bastante sensível ao míldio e à prodridão. Os vinhos produzidos a partir da casta Jaen são essencialmente caracterizados pela sua cor intensa, baixa acidez e aromas intensos a frutos vermelhos.
Merlot - O Vinho Merlot é encorpado, intensamente frutado, complexo, uma harmónica estrutura com perfeito equilíbrio. Apresenta uma cor vermelho-púrpura, seus aromas são densos e frutados, tendo uma boa evolução, deixando assim seu aroma com muita complexidade. O paladar é rico, macio, perfeitamente equilibrado, sedoso e de grande classe.
Syrah - De entre as castas estrangeiras presentes em solo nacional, a Syrah é a variedade que melhor se adaptou ao clima rigoroso do Alentejo, ajustando-se facilmente aos calores de Verão, às infindáveis horas de insolação e à severidade das temperaturas estivais. Nos solos quentes e pobres do Alentejo, a casta Syrah presta-se regularmente a uma aproximação típica do novo mundo, consagrando frequentemente vinhos enormes na dimensão e entrega, com muita fruta, alguma pimenta, corpo avantajado e robusto, por vezes poderosos e alcoólicos, usualmente especiados. Vinhos temporões na maturação, abordáveis desde muito cedo, vinhos macios e convidativos, com elevado potencial de guarda.
Tinta Barroca - A casta Tinta Barroca é plantada quase exclusivamente na região do Douro e muito utilizada na produção de vinhos de lote. É uma das castas que compõe alguns vinhos do Porto, contudo os seus vinhos monovarietais não são muito célebres.
Touriga Franca - A Touriga Franca é uma das castas mais plantadas na zona do Douro e Trás-os-Montes. É considerada umas das melhores castas para a produção de vinho do Porto e do Douro, mas o seu cultivo já foi alargado para as regiões da Bairrada, Ribatejo, Setúbal ou Estremadura.
Touriga Nacional - Entre as tintas é a casta mais nobre de Portugal. Obtêm-se vinhos com bom teor alcoólico, com aromas intensos de elevada complexidade, com taninos nobres e susceptíveis de longo envelhecimento. Casa particularmente bem com pequenas quantidades de Alfrocheiro para obter um bouquet ainda mais fino e uma longevidade superior.Também é conhecida no Dão como preto mortágua e na Bairrada como bical tinto.
Trincadeira -É uma casta de bago pequeno/médio e uniforme, de forma arredondada e de cor preta-azulada. Os vinhos produzidos por esta casta adquirem um sabor forte e um aroma a frutos e vegetais.
CASTAS BRANCAS
Alicante Branco - Casta com dupla aptidão para vinho e uva de mesa. Casta de grande volume, pode ser melhorada com Fernão Pires e Arinto.
Alvarinho - A casta Alvarinho é uma das mais notáveis castas brancas portuguesas. É uma casta muito antiga e de baixa produção que é sobretudo plantada na zona de Monção e Melgaço (região dos Vinhos Verdes). Pode adquirir duas formas distintas: cacho pequeno, pouco compacto e bagos pequenos e dourados ou cacho médio e de bagos maiores que permanecem esverdeados quando maduros. Esta casta é responsável pelo sucesso dos primeiros vinhos portugueses "monovarietais" (uma só casta), pois em Portugal os vinhos de lote (mistura de várias castas) são mais comuns.
Arinto - Muito cultivada em todo o País, desde o Douro ao Alentejo. É a principal casta de Bucelas. Produz mostos ácidos e vinhos agradáveis, de boa qualidade, que acompanham bem pratos de peixe. É devido à sua acidez que também é cultivada na região dos Vinhos Verdes
Chardonnay - É uma casta fácil de cultivar, em termos de produtividade e de rendimento económico. Pode dar boas produções amadurece mais cedo, embora abrolhe cedo demais nos climas frios. As suas características agradam os enólogos, pela gama de técnicas de vinificação a que se presta: não só a uma vasta gama de vinhos brancos, mas também delicados espumantes e até alguns vinhos brancos doces de muito sucesso, feitos com a ajuda da Podridão Nobre.
Códega do Larinho - Casta de produtividade média, sensível ao míldio e pouco sensível ao oídio. Os cachos são grandes e compactos, com bago de tamanho médio, arredondado, de cor amarelada, com película medianamente espessa, polpa suculenta e de sabor particular. É uma casta de maturação média, os mostos possuem um potencial alcoólico médio e uma acidez baixa.
Produz vinhos de cor citrina com aromas bastante complexos, frutado intenso (frutos tropicais) e floral. Na boca mostra algum défice em frescura (pouco ácido), compensado com um excelente perfil aromático e grande persistência.
Fernão Pires - A Fernão Pires é uma das castas brancas mais plantadas em Portugal. É mais cultivada nas zonas do centro e sul, especialmente na zona da Bairrada (onde é conhecida por Maria Gomes), Estremadura, Ribatejo e Setúbal. A casta Fernão Pires tem uma maturação muito precoce, por isso é uma das primeiras castas portuguesas a ser vindimada. Além disso, sendo muito sensível às geadas, desenvolve-se melhor em solos férteis de clima temperado ou quente. Esta casta possui um bom teor alcoólico e uma acidez baixa ou média, por isso os vinhos produzidos ou misturados com esta casta têm intensos aromas florais.
Gouveio - A casta Gouveio é cultivada na região do Douro, onde é também conhecida por Verdelho, por isso é muitas vezes confundida com a casta Verdelho cultivada nos Açores e Madeira.É uma casta com bom amadurecimento e de boa produção. Apresenta cachos médios e compactos que produzem uvas pequenas de cor verde-amarelada.Os vinhos produzidos com Gouveio apresentam um excelente equilíbrio entre acidez e açúcar, caracterizando-se pela sua elevada graduação, boa estrutura e aromas intensos. Além disso, são vinhos que possuem excelentes condições para envelhecimento em garrafa.
Loureiro -A casta Loureiro existe em quase toda a região dos Vinhos Verdes, mas é originária do vale do rio Lima. É uma casta muito produtiva e fértil, mas só recentemente foi considerada uma casta nobre. Os cachos são grandes e não muito compactos, enquanto os bagos são médios e de cor amarelada ou esverdeada. A casta Loureiro produz vinhos de elevada acidez e com aromas florais e frutados muito acentuados. Apesar de produzir vinhos "monovarietais" (uma só casta) é frequentemente utilizada em vinhos de lote (mistura de castas), onde é normalmente combinada com as castas Trajadura e Arinto.
Malvasia Fina -Sinonímias: Arinto Galego; Assario Branco; Boal
A Malvasina Fina é essencialmente plantada no interior do norte de Portugal, na região do Douro e na sub-região Távora-Varosa. Contudo, é também cultivada na zona de Portalegre (onde se denomina Arinto Galego), Dão (onde é conhecida por Assario Branco) e na Madeira (onde adquire o nome de Boal).
Moscatel Graúdo -A casta Moscatel é originária do Médio Oriente e terá sido introduzida em terras nacionais na época do Império Romano. Sofreu muitas transformações ao longo dos séculos e hoje, existem três variedades da casta Moscatel em Portugal. A variedade Moscatel de Setúbal é a mais plantada em Portugal, e a sua produção concentra-se na Península de Setúbal, cujo clima ameno permite a maturação ideal dos bagos. Esta casta é imprescindível na elaboração do vinho generoso "Moscatel de Setúbal", contudo também é utilizada para enriquecer os aromas de outros vinhos brancos da região, uma vez que é uma casta primária (marca o paladar e aroma dos vinhos).
Rabo de ovelha -Sinonímias: Rabigato
A casta Rabo de Ovelha é cultivada na região do Douro, especialmente na zona do Douro Superior. É plantada em pequenas quantidades na região dos Vinhos Verdes sob o nome de Rabigato e nas zonas vitícolas do sul do país (Estremadura, Ribatejo e Alentejo) onde é mais divulgada.
Seara Nova -Casta obtida por cruzamento de Diagalves x Fernão Pires, realizado em 1951 por J. Leão Ferreira de Almeida, na Estação Agronómica Nacional.
Casta produtiva, de abrolhamento serôdio. Produz vinhos com médio a elevado teor alcoólico e com acidez fixa média. Aroma frutado, com certa distinção e ligeira complexidade. Sabor denotando certa frescura, equilíbrio e alguma persistência
Siria -Sinonímias: Alvadurão; Côdega; Crato Branco; Roupeiro
A casta Síria é cultivada nas regiões do interior de Portugal. Já foi a casta branca mais plantada na região alentejana, onde é denominada Roupeiro, contudo, verificou-se que as temperaturas demasiado elevadas do Alentejo não eram benéficas para esta casta: os vinhos não tinham frescura, boa acidez e perdiam os aromas rapidamente.
Trajadura -A casta Trajadura é oriunda da região dos Vinhos Verdes, particularmente da sub-região de Monção, apesar de ter alguma expressão na Galiza (Espanha). Rapidamente foi difundida para as outras sub-regiões, sendo cultivada em quase toda a região dos Vinhos Verdes. A casta Trajadura apresenta uma boa produção. Os seus cachos são muito compactos e de tamanho médio, compostos por bagos verde-amarelados de grandes dimensões. Os vinhos produzidos com a casta Trajadura apresentam aromas pouco intensos.
Viozinho – Esta casta é apenas cultivada nas regiões do Douro e de Trás-os-Montes, onde já é utilizada desde o século XIX. É uma casta de boa qualidade e indicada para a produção de vinho tranquilo e de vinho do Porto, todavia apresenta uma produção fraca e por isso é pouco cultivada. A Viosinho apresenta cachos e bagos pequenos de maturação precoce e bastante sensíveis à podridão. Esta casta desenvolve-se melhor em solos pouco secos. A casta produz vinhos bem estruturados, frescos e de aromas florais complexos.